Os candidatos do humor

Seu-creyssonTempo de eleições e hora de conhecer as propostas dos candidatos. Vivemos tempos em que já viramos as costas se o assunto é política. Crises e escândalos tomam conta dos noticiários. Por conta disso, o humorismo brasileiro é capaz de amenizar esse sentimento. O Casseta & Planeta tinha o candidato “certio”, Seu Creysson (foto).

Ele representava uma caricatura de pessoas simples. Suas características mais marcantes são o topete para o lado (com o resto da cabeça careca), os óculos de armação grossa com esparadrapo, a falta de alguns dentes na boca, o bigode, a camisa vermelha, a barriga protuberante, e por fim, e falava errado. Fez tanto sucesso que juntou gente um comício no Rio de Janeiro que lutou o Centro da cidade.

Outro figurão, candidato do humor, é Justo Veríssimo, de Chico Anysio. Na década de 80, ainda durante o regime militar, ele criou o personagem foi inspirado a partir de uma conversa com o cantor Alceu Valença, que mencionou conhecer um político de Pernambuco que tinha “horror a povo”. Ao criar o personagem, Chico não tinha como intenção profetizar a respeito daquilo que aconteceria com o Brasil. Pelo contrário, ele fazia uma caricatura de políticos da época.

Aliás, o “nome completo” do personagem é “Justo Veríssimo, o indireto”. ‘O indireto” refere-se às eleições indiretas, existentes durante a ditadura em que tanto presidente, governadores, e prefeitos poderiam ser indicados, se necessário. Este modelo facilitava todo tipo de manobra política e falcatruas. Não mudou tanto assim.

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