O que faltou para o quarteto de Os Trapalhões funcionar

Interpretações de Mussa e Zaca deram certo, mas dinâmica entre Didico e Dedeco não funcionou. Foto: Divulgação/TV Globo

Está chegando ao fim da temporada do remake de Os Trapalhões. Para os fãs, e para os que não conheciam, vale uma análise. Didico (Lucas Veloso), Dedeco (Bruno Gissoni), Mussa (Mumuzinho) e Zaca (Gui Santana), com inclusão dos originais personagens do programa, Didi (Renato Aragão) e Dedé (Dedé Santana), fizeram uma homenagem aos 40 anos de estreia do humorístico da Globo.  Alguns quadros clássicos voltaram na nova versão, como o quartel e as imitações musicais.

O ponto forte foram as interpretações dos novos trapalhões inspirados em Mussum e Zacarias, já falecidos. Mumuzinho e Gui Santana garantiram o riso e a lembrança dos telespectadores saudosistas. Até as crianças de hoje (e isso aconteceu lá em casa) pararam para ouvir e rir da famosa risada do Zacarias.

O que não funcionou foi o novo quarteto atuando junto. Bruno Gissoni, que deveria servir de “escada”, principalmente para as piadas Lucas Veloso, o Didico, pouco aparecia.  Vale lembrar que o “escada” no humor é aquele personagem sério que ficando ainda mais sério e nervoso com as piadas e brincadeiras do humorista principal.

Sem Gissoni participando e interagindo – inclusive sua presença é até esquecida em cena -, Veloso, apesar de imitar muito bem as caras e trejeitos do eterno Didi, pouco se destacou no papel que homenageava Renato Aragão.

O que aconteceu, na verdade, é que a emissora foi surpreendida com a saída do ator Armando Babaioff do elenco. Essa desistência aconteceu poucos dias do início de gravações, por não conseguir conciliar seus outros compromissos com os trabalhos do programa. Diante disso, às pressas, a Globo definiu o substituto. Apesar do quarteto não ter funcionado junto, com alguns ajustes, uma nova temporada provocaria algumas risadas.