Mulheres continuam sendo violentadas

Esta semana foi cheia de más notícias para nós mulheres. Me entristece muito ver que mesmo com toda a comoção e com a mídia mostrando e tentando combater casos de violência contra a mulher, esta realidade está longe de melhorar de forma considerável. Semana passada as mulheres da Argentina entraram em greve e luto pela jovem de 16 anos que foi brutalmente violentada e assassinada.

Este final de semana ficamos sabendo de mais um estupro coletivo no Rio de Janeiro sofrido por uma mulher de 34 anos, não uma vez, mas várias. Inúmeras vezes ela foi exposta publicamente, obrigada a ter relações sexuais e estuprada por grupos de homens do tráfico de drogas que comandam a comunidade em que vive. E mais uma mulher foi morta pelo namorado, em São Paulo, vítima de feminicídio.

A impressão é de que está aumentando cada vez mais esses casos, não é mesmo? Mas eu me pergunto se não é a imprensa que cada vez está noticiando mais, expondo esses agressores. Gosto de acreditar que sim.

Os movimentos feministas, as mobilizações de ONGs e causas que enfrentam esses abusos ganharam sim mais voz na sociedade. Entretanto nos perguntamos, mas por que só agora? É porque estamos saindo debaixo de um pano obscuro que encobria essas barbáries e que dizia “Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”, ou “Ah, ela estava de roupa curta, quer o que?”.

A base da nossa sociedade é machista, e não é só a brasileira não, é a base da maioria dos países, desenvolvidos ou não.

Então não é de se estranhar que essa cultura machista, a cultura do estupro continua enraizada na imprensa, nas delegacias, no governo, nos hospitais, dentro da sua casa e dentro de muitas mulheres.

Quando falamos sobre o assunto, quando a imprensa começa a tratar de forma certa os abusos e os casos de violência e a polícia começa a entender que a vítima não é a culpada, começamos a mudar essa base machista. Quando educamos nossos filhos de forma esclarecida, ressaltando a igualdade de direitos e respeitando as diferenças de gênero, estamos mudando esta realidade.

Diariamente as mulheres continuam sendo violentadas brutalmente. E eu peço aqui a sua ajuda para diminuirmos esses números e darmos um basta nessa realidade.

Conheça mais sobre a ONG MaisMarias: www.maismarias.com

Se tiver dúvidas, mande uma email para faleconosco@marialeticiafagundes.com.br

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