Pessoas mimadas no relacionamento amoroso

 

É natural às vezes o adulto ficar irritado ou chateado quando acontecem situações que o aborrece. Pode ter momentos em que não consiga pensar ou agir da melhor forma possível após desentendimentos. Mas depois do “descontrole”, a pessoa pode reavaliar os seus comportamentos, entendendo o que aconteceu e o que talvez precise melhorar, considerando as próprias necessidades e as necessidades dos outros, abrindo espaço para o diálogo e o entendimento.

Já a pessoa mimada normalmente tem dificuldade de lidar com críticas e limites, sofre por nem sempre as coisas serem do jeito que ela gostaria, sente-se ofendida por pouca coisa, e por esse motivo muitas vezes se coloca como vítima. Não admite e não se responsabiliza pelos seus próprios comportamentos negativos, diz que o outro que está errado e provocou. Assim, muitas vezes ignora os sentimentos e necessidades dos outros, tentando controlar e conduzir a situação. Quando os seus pedidos não são atendidos, pode ter atitudes parecidas com de uma criança, em que faz birra (briga, grita, faz ameaças) e bico (fica dias sem conversar, com a cara amarrada), esperando que o outro ceda e se renda ao que quer.

Muitas vezes quem convive com o manhoso alimenta e sustenta esse comportamento. Ou seja, a pessoa “dá corda” para as birras e o bico do mimado. Isso pode acontecer porque ela tem medo de ser vista como uma pessoa ruim, ou ainda porque tem medo de perder o amor e a atenção do outro ao dizer “não”.

Por esse motivo é importante a pessoa que se relaciona com “mimados”refletir:

*Por que aceito esses comportamentos?

*Até onde o outro pode ir? Quais são os meus limites?

*Quais são as minhas necessidades?

Quem deixa o outro sempre “mandar” tem a sensação de perder a própria identidade. Por isso é preciso investir mais em si, tirar o foco do outro e passar a focar mais em si mesmo, naquilo que a faz bem. Deve se conhecer e saber quais são as suas próprias vontades. Também é interessante perceber que ajudará o outro ao dizer “não”. A vida é cheia de “nãos”, ele precisará aprender a lidar com eles, isso o ajudará se tornar mais tolerante, com maior autoconhecimento, convivendo melhor em sociedade, compreendendo melhor as perdas naturais da vida.

É fundamental o acompanhamento com o psicólogo quando a pessoa não consegue encontrar o equilíbrio entre as próprias necessidades e as necessidades do parceiro, quando não consegue estabelecer limites com o seu companheiro, prejudicando-se e sofrendo com a situação.

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