Como fazer a escolha “certa” e não se arrepender depois

As pessoas fazem escolhas baseadas nas suas emoções, crenças, valores, desejos, aprendizados, personalidade. Cada um toma a decisão conforme o seu estado emocional, a fase de vida em que “está”, de acordo com o que viveu e o que vive naquele momento. Às vezes o que a pessoa decide hoje não seria o que escolheria 10 anos mais jovem ou mais velha. Opta por aquilo que pode optar naquele momento, nem sempre sendo o melhor, mas sendo aquilo que consegue escolher ou fazer naquele exato minuto. Quanto mais a pessoa tiver autoconhecimento, reconhecendo as suas vulnerabilidades, entendendo quais são as suas necessidades, os seus limites e o que está disposta a fazer, mais ela tomará decisões de forma consciente e segura.

Muitos não têm autoconhecimento, estrutura emocional ou segurança para fazer as suas próprias escolhas, simplesmente reagem à situação ou se deixam ser guiados (ou manipulados) por alguém, abrindo mão da sua individualidade e da sua liberdade. Nesses casos é comum a pessoa se sentir triste, culpada e impotente diante da sua própria vida. Também há aqueles que têm mais segurança e autoconhecimento, mas quando se deparam com determinadas situações, não conseguem organizar as idéias como gostariam, “metendo os pés pelas mãos”, agindo de uma forma incoerente ou inadequada. Normalmente isso sinaliza que algo naquela situação atingiu a vulnerabilidade da pessoa, também pode ser que ela não tinha recursos emocionais ou ferramentas o suficiente para lidar com aquilo.

Ninguém está preparado para todas as situações, sempre haverá algo que poderá desestabilizar a pessoa, que atingirá a sua ferida emocional e a sua fragilidade pessoal ou profissional. Nesses casos a percepção fica distorcida, a pessoa pode perder o controle ou a razão, não avaliando direito as coisas, levando a fazer escolhas que se arrependerá depois. Não adianta tentar voltar no tempo, pois isso não é possível. Mas é sim possível entender melhor o que aconteceu, o que levou a ter aquela percepção e ter aquela decisão naquele momento, podendo assim se fortalecer para tomar decisões mais seguras e assertivas a partir do “agora”.

Por mais que a pessoa não possa voltar atrás, não quer dizer que ela precise continuar a viver com uma escolha que não faz (mais) sentido para ela. A maioria das coisas não são definitivas, como por exemplo:

Caso tenha feito um curso ou tenha uma profissão que não a deixa feliz, é possível iniciar ou recomeçar uma nova carreira.

Caso esteja infeliz no seu casamento, é possível se separar.

É importante que antes de tomar qualquer decisão, a pessoa avalie e analise:

*Quais são os prós e contras dessa situação em minha vida? O quanto isso impacta de forma positiva e negativa no meu dia a dia?

*Caso eu avalie em mudar ou fazer uma nova escolha, quais serão as consequências dessa minha decisão? O que eu ganharei e o que eu perderei a partir disso? Como posso me planejar e me organizar para que eu me sinta mais seguro e tenha mais estabilidade nessa transição?

A pessoa se sente mais confiante quando toma uma decisão depois de refletir esses pontos. Dessa forma, evita que ela futuramente pense: “Mas por que eu fiz isso?!”. É claro que as pessoas mudam de opinião, mas quanto mais consciente elas estiverem sobre as suas escolhas, menos terão essa sensação de decepção ou arrependimento “lá na frente”.

Às vezes é necessário ter um novo começo, decidir realizar um novo projeto, mudar de ideia, … ser flexível dentro de sua vida é sinal de maturidade, mas ela precisa vir acompanhada de reflexão, e não de impulsividade. É indicado o acompanhamento com o psicólogo quando a pessoa não consegue tomar as suas decisões, ficando confusa, insegura, ansiosa ou reativa às situações.

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