Na Baixada, Atlético 0x0 Londrina.
Como é triste um zero a zero, escreveu Nelson Rodrigues.
Mas, às vezes, mais do que triste, é de chorar.
Atlético, aquele que joga, e Londrina correram muito e jogaram pouco, simplesmente porque correr é o limite de todos nesse campeonato. O empate serviu para classificar o Furacão para a semifinal da “Caio Júnior”.
Mas esse bastante é relativo para quem vai precisar ganhar à partir da próxima fase. Como uma goleada sobre o Rio Branco não pode ser considerada, é incrível a dificuldade para fazer gol desses aspirantes atleticanos. Carregando uma incrível dificuldade para finalizar, querendo viver só dos chutes de João Pedro, o Atlético de Tiago Nunes mostrou que precisa ser arrumado para ganhar na semifinal.
Subindo
No estádio do ABC, Foz 0x2 Paraná.
O jogo, que estava difícil, tornou-se cômodo para o Paraná por dois motivos: ao bom futebol do segundo tempo somou-se o erro da arbitragem que anulou o gol de Marcelo Soares. Não é possível afirmar que esse erro não tenha influenciado no resultado. O Tricolor vencia com o belo gol do veterano Carlos Eduardo, mas o Foz tinha espaço para atacar a frágil defesa do time de Micale. Tanto é que marcou o gol anulado. O pênalti (e que existiu) marcado por Diego, acabou resolvendo a vitória sem nenhum trauma.
No final, além da vitória que encaminha a classificação, ficou a certeza para o Paraná que com Micale está se arrumando.
Vitória perigosa
No Couto Pereira, Coritiba 1×0 Cianorte.
A torcida coxa entendeu bem as circunstâncias, e foi embora aborrecida como se o time tivesse perdido mais um jogo. As circunstâncias foram que a vitória teve origem apenas nos erros do Cianorte: o pênalti mal cobrado por Richarlyson, e o exótico erro do goleiro João Gabriel, que colocou para dentro do seu gol uma bola que estava quase fora.
Pode ser contraditório, mas não é. Uma vitória como essa torna-se perigosa quando tem que ser avaliada por quem não tem capacidade de análise.
Para quem só estava perdendo, tendo como exceção um empate que o eliminou da Copa do Brasil, uma vitória como essa tem “gosto de derrota”.