O socorro público de Paulo Autuori a Weverton, atribuindo a si a ordem para o goleiro bater o pênalti e eliminar o Atlético, tem fundo paternal. É um afago de pai para filho. Bem sabe Autuori que, em razão do seu prestígio junto à torcida, a absorção da responsabilidade pelo fato não iria lhe trazer nenhuma consequência.
Não acredito no arranjo de Autuori: Weverton é quem teve a iniciativa de tirar a bola de Juninho e bater o pênalti. Existe lógica no comportamento humano. Não há nenhuma imagem mostrando Autuori dando ordens para o goleiro. Se fosse previamente determinado, Juninho não iria até a área gaúcha. Sei que no futebol a discussão sobre fato consumado dentro de campo é irrelevante. O que não podemos é aceitar o carimbo de ingênuos.
Mas tudo isso acabou servindo para desviar a atenção para o fato principal: o Atlético foi eliminado outra vez antes das fases mais importantes e mais ricas da Copa do Brasil. Se manda, mais um fracasso do presidente Emed. De Petraglia não, por estar no seu sangue a derrota.
Resta o Brasileiro.
E domingo é contra a Ponte Preta, na Baixada.
Ah, se Nikão voltasse!
Quando é que Nikão volta?
Saudades de Nikão!
Tranquilo
No esporte nunca foi ou é bom perder. No futebol, que provoca paixões, muito menos. No futebol atual, além do dano que causa no sentimento do torcedor, há o dano financeiro pelo fracasso.
O Coritiba deve ser eliminado pelo Belgrano. Talvez assim a sua torcida, que lotou o Couto, deixe de pensar que o time de Carpegiani, por milagre, tornou-se imbatível. Pensar só no Brasileiro e resolver mais cedo o drama do rebaixamento sempre foi a melhor opção.
Amanhã joga em São Paulo, contra o Palmeiras.
Está aí um jogo bom para os coxas surpreenderem. Não há concorrência entre os dois, pois o Palmeiras é o líder. Um resultado de derrota está dentro da lógica para o Coritiba, o que afasta um pouco a responsabilidade. Esse fato repercute no comportamento emocional.