Por trinta moedas

Resumidos, os fatos são os seguintes: Por transação, para diminuir a pena de suspensão de 15 jogos de Kléber, o jogador mais importante do Coritiba, o STJD propôs o pagamento de uma multa de 230 mil reais e a redução da pena para 7 jogos. O Coritiba não aceitou e propôs 200 mil de multa e 6 partidas de suspensão. Então, o STJD julgou e manteve a pena de 15 jogos.

Quem foi o responsável por não aceitar a proposta da acusação? O Jurídico do clube, aposto que não foi, pois nenhum advogado seria tão insensível em ser intransigente diante da certeza da punição de 15 jogos. O G-5, aposto que sim. Foi em razão da diferença de 30 mil reais ou da diferença de um jogo? Se o motivo foi financeiro, então seria melhor anunciar a insolvência do grande clube; mas, se foi pela diferença de um jogo, torna-se mais grave, porque aí é a hipótese escancarada da falta de capacidade de decisão.
Quem decidiu pela recusa da proposta? O Coritiba precisa dizer.

Finalizo com um parênteses: embora não exista precedente, entendo que a pena de suspensão limita-se à pessoa do jogador. Sendo assim, se fosse possível aconselhar Kléber, diria para pedir ao seu advogado para ir ao Rio de Janeiro e aceitar a proposta da redução da pena.

Obrigação

São raros, mas há leitores, que com a intenção de constranger-me, perguntarem: “o que você fez pelo Atlético?”. Pois resolvi respondê-los, ajudando-os a equilibrar as suas reações emocionais que se projetam como ódio.

Eis a resposta: não fiz nada, nunca fiz nada, e não quero fazer nada, porque minhas intenções de vida profissional sempre foram dirigidas pelo ideal de ser um radialista e um jornalista de conteúdo, cujo mandamento fundamental é a independência para exercer a liberdade de opinar. Por mais que a paixão seja grandiosa e explosiva, ela não pode imobilizar as coisas honestas. A única coisa a que me propus foi a de torcer, sorrir e chorar pelo Atlético, porque tem coisas que, às vezes, felizmente não têm controle.
Minha resposta, em resumo, então é essa: nunca fiz nada pelo Atlético, não tenho compromisso com a paixão e com cores, e muito menos me associo com o exercício de interesses pessoais em prejuízo de qualquer clube.

Cobranças

O senhor Rodrigo Pastana, diretor de futebol remunerado do Paraná, deve estar pensando: como é bom trabalhar em um clube, contratar 33 jogadores, mais perder do que ganhar, e ninguém incomoda.
Entendo que chegou o momento de cobrar resultados do referido senhor. Se perder em Barueri, para o sofrível Oeste, o Paraná aumenta o risco de ser rebaixado para a Série C.
Cobram-se soluções de dirigentes, mas e os executivos?