Pela Libertadores, na Vila Belmiro, Santos 1×0 Atlético.
Do seu exílio cinco estrelas, Mário Celso Petraglia assistiu o seu projeto de futebol que iria “quebrar paradigmas”, virar pó. Depois de perder o Estadual, pela irresponsabilidade de escalar um time reserva, sendo goleado na Baixada pelo Coritiba (3×0); depois de ser humilhado pelos gaúchos do Grêmio na Copa do Brasil, carregando um placar agregado de 7×2, o doutor viu ontem o Furacão vender a última ilusão, sendo eliminado pelo Santos, na Vila Belmiro, da Libertadores.
E o foi fazendo o seu melhor jogo neste 2017. O Atlético foi brilhante. Foi irrepreensível taticamente, dominando o Santos durante 60 minutos. Vanderlei fez milagres, zagueiro tirou da risca e Jonathan chutou na trave. Mas se sobrou brilhantismo tático, faltou-lhe o necessário: gols. Nenhum time por mais brilhante que jogue, é capaz de sobreviver a Ribamar e Ederson como atacantes.
Não é sensação, é fato. Não há como descartar a responsabilidade de Petraglia por essa eliminação. A sua ambição comercial, que faz do Atlético seu refém, o eliminou ao tirar o jogo da Baixada, empurrando-o para a neutralidade da Vila Capanema, em razão de uma expectativa de lucro.
Perdendo o jogo em Curitiba, por ser afastado da Baixada, o Furacão criou as circunstâncias para o jogo da Vila Belmiro. Acabou sofrendo o gol do Santos, quando já estava exaurido.
O perdedor, mesmo no exílio, não deixa de ser perdedor.
Convocação
O treinador Tite tinha muitos motivos para manter Weverton entre os goleiros da Seleção, e um só para deixá-lo de fora. Mas a falha do goleiro atleticano contra o Santos, na Vila Capanema, gravou na memória do treinador e não saiu mais.
Weverton só tinha uma chance de continuar na Seleção Brasileira: ir contra a natureza humana e ser perfeito. É desumano exigir esse estágio de um goleiro.
A situação de Tite em relação a Weverton não era fácil. Por menor que seja a culpa do goleiro, não há como dissociá-lo de uma das piores defesas do campeonato.
Já havia escrito: Weverton seria vítima do Atlético. E foi.