Por sempre se apresentar como maior em tudo (e em quase tudo, o é), o Atlético continuaria sendo o trânsito para se alcançar grandes vitórias no Brasileiro. Mas, pelos equívocos de origem que sempre provoca na gerência de seu futebol, o Furacão sempre carrega mais dúvidas do que certezas. Por lhe faltar ambição no campo, deixa de ocupar o vazio que a decadência financeira provoca na maioria dos clubes tradicionais de Rio e de São Paulo.
Não obstante ser significativo o início de temporada, não autoriza uma aposta cega, que é a aposta da paixão, nesse Brasileiro. Das duas contratações que fez, Raphael Veiga é reserva e Thiago Carleto deveria ser reserva, por ser inferior a Renan Lodi na lateral-esquerda. Contra a Chapecoense, domingo (15) à noitinha, na Baixada, esse Furacão de Fernando Diniz vai ter que ser mais time do que uma fantasia.
Se no Brasileiro, o Atlético é a maior atração paranaense pelos mais variados motivos, Paraná e Coritiba não deixam de atrair no mínimo por curiosidade. O Tricolor por voltar a jogar uma primeira divisão. E o Coxa, por voltar a jogar uma segunda.
O Paraná já começa com uma pretensão pública de seu presidente, e que assusta a sua torcida: a de não ser rebaixado. Talvez se afirme que é esse o objetivo por terem consciência de um grave equívoco: desmancharam a boa estrutura do time que devolveu o clube à elite, e em três meses, contrataram dois técnicos, trinta jogadores, quase três times. Então, se o objetivo oficial é não ser rebaixado, a regra geral é que volte à segunda, o que seria fatal para o clube.
E, por fim, o Coritiba, que há 22 anos atrás, seria o tema inicial dessa coluna. Como abordar os coxas? Seria possível limitá-lo à previsão otimista que autorizam a história de uma camisa e o poder de uma torcida? Definitivamente no futebol atual, camisa e torcida só influem com um bom time e bem comandado. O Coritiba, neste sábado (14), em São Luiz, contra o Sampaio Corrêa, começa a jogar a Segundona sem time e sem comando. É um buraco negro no qual tudo pode ser encontrado.