Opinião

Provocam-me os atleticanos uma posição do Atlético desprezar o futebol na Libertadores para fazer um negócio com a Baixada, locando-a a Liga Mundial de Vôlei.
Um fato irreversível e sem o caráter de surpresa, quebra a base de qualquer opinião, tornando-a irrelevante. É leite derramado, escreveria Chico Buarque. E qual a motivação de uma opinião para um fato consumado, do único clube no Brasil que não tem oposição, que tem uma torcida e os seus sócios submissos ao regime em que prevalece uma vontade isolada, e os conselheiros que são apenas uma fantasia, que disfarça uma formalidade?
E digo mais, não se surpreendam: se Mário Celso Petraglia não escondesse os seus atos, expondo os valores que o Atlético irá ganhar, a influência que esses valores terão na gerência do clube, teria até a compreensão para o sacrifício eventual de um jogo. Só que o doutor esconde tudo como se a Baixada estivesse já integrada à sua esfera pessoal e testada para seus sucessores. Então, na medida em que o Atlético como instituição do povo se submete à posições pessoais, os atleticanos perdem o direito de reclamar.
É melhor avançar para a questão que precisa ser decidida: onde jogar? Minha posição pode até contrariar muita gente, mas é baseada em fatos. Se for confirmada a impossibilidade do jogo em Curitiba, seja onde for, em qualquer outro lugar do Brasil, a torcida do Santos será maior. Então o jogo para o Furacão passará a ser, também, e em especial um negócio. Porque o Santos indicou a Vila Belmiro, opinaria pelo Pacaembu, adotando preços de Libertadores para não associados, e teria a garantia de uma grande arrecadação. Se o dinheiro está acima de tudo no Atlético, o jogo deve prevalecer como negócio. E não sendo em Curitiba, em especial na Baixada, o jogo como técnica será igual em qualquer lugar.

Decisão

O Conselho Deliberativo do Atlético foi convocado para uma reunião extraordinária, no próximo dia 26, para tomar conhecimento e depois cumprir a formalidade com o voto, do que Mário Celso Petraglia já decidiu. Não sendo possível o acordo com o Município e o Estado do Paraná para a divisão em três partes, do valor gasto para a construção da Baixada, o Atlético irá propor Ação Ordinária contra os entes estatais. Tomando essa decisão, o Furacão estará absolutamente correto por ter causa justa.

Últimas

Gedoz vai embora para Porto Alegre. E Lucho González deve retornar para Buenos Aires, em razão de questões pessoais.