O puro sangue

Um dia já é um longo tempo para esperar a biografia póstuma de um grande homem, escreveu Winston Churchill. Então, não se pode perder tempo. A tarefa de contar a vida de Sérgio Prosdócimo tem que ser executada imediatamente por alguém, que saiba retratar o ser humano na essência proposta por Deus.

Convivi pouco com Sérgio. Mas, para tê-lo como um especial, um momento já foi o bastante para afirmá-lo como um gigante, terno e benevolente. Incapaz de ignorar a angústia do ser humano, vivia intensamente os seus valores.

O curso da sua história parecia uma escrita bíblica: ser presidente do Coritiba. Em 1995, os seus ideais somaram-se aos de Joel Malucelli e aos de Edson Mauad, intervindo na vida do grande clube, que estava à deriva, já empobrecido na segunda divisão. E, então, escreveu-se uma das mais emocionantes páginas da história coxa.

Em 1995, querendo encurtar o caminho de suas ambições como dirigente, Mário Celso Petraglia já presidente do grupo que assumiu o Atlético, pensou a cidade de Curitiba com um único clube.
Procurou Sérgio e fez a proposta. Sérgio não concordou, respondendo: “O meu clube é o único puro sangue”.

À família de Sérgio, os meus sentimentos.

Injustiça

Não misturo as coisas, provo a cada dia, há 50 anos de jornalismo. Pela minha independência, submeto-me a responder processos. Mas não aceito que meu nome seja citado sem uma causa verdadeira.
O presidente do Paraná Leonardo de Oliveira falou em uma entrevista que Carlos Werner e eu fomos falar com o juiz contra o ato trabalhista. Desafio o presidente e interventor do Paraná para comparecer com toda a imprensa, no local e na frente do juiz trabalhista que esse fato teria ocorrido.

A propósito, já passou hora do presidente, que não nega que agora hospeda-se em resort, na condição de interventor, explicar qual a lei que permite um clube pagar 50% de comissão para um empresário, como o Paraná pagou no negócio do lateral Cristovam?

Eu não sou vítima de injustiça. Vítima é Carlos Werner, que salvou o Paraná. Não há explicação para que se reduza a importância de pessoas históricas do clube, em razão do Pastana, que está aí para ganhar o dele e ir embora.