Um amigo sempre me provoca com uma dose de ironia, dizendo que quando eu estou sem assunto escrevo sobre o Paraná. Outro amigo, médico otorrino e atleticano dos grandes, não consegue guardar a sua irritação com as poucas linhas que escrevo sobre o Paraná.
O Paraná pode até não conseguir voltar ao Brasileiro (A), por conta de sua reação tardia. Mas que já merece sair do pé da página, e se transformar, mesmo que em caráter eventual, em assunto de primeira, não há dúvida.
Os outros torcem contra o Paraná? Pois quero dizer que torço para que aquele, que na saudosa locução de Lombardi Júnior chegou a ser o Tricolor-Tricolaço, retorne à Série A. O motivo central está no seu público. Não foram pouco os jogos em que a Vila Capanema lotou. Contra Londrina, a Vila deve receber o maior público do ano. E se conseguir manter-se pau a pau na luta por uma vaga, o cinza da Baixada vai ficar tricolor no jogo contra o Internacional.
E para nós da imprensa de Curitiba, o Paraná precisa voltar. Nosso mercado de trabalho restrito, empobreceu. A extensão dos jogos na televisão, e o privilégio dos jornais digitais, provocaram desempregos. A nossa Associação quebrada e que mantém o mesmo presidente há 10 anos, é incapaz de ser sensível para compor e pagar a dívida que tem com Chica, que tanto nos serviu, e agora está doente. Nosso sindicato, às vezes, parece bater asas para o interesse patronal.
Nós temos que arrumar armas para defende o nosso mundo. E a volta do Paraná será uma arma poderosa. Amanhã, o Paraná joga contra o Londrina.
Lobisomem
Concordo que errei ao escrever que o aumento da mensalidade dos sócios do setor FAN foi de 150%. Mas não concordo que seja questão matemática, porque no texto não há valor de referência. Só que há alguns comentaristas que enxergam, mas não conseguem ler: o espírito, portanto, o objetivo do texto de ontem, que repercutiu em nove de dez mensagens trocadas no mundo atleticano, foi demonstrar as intenções de Mário Celso Petraglia.
Aceito as críticas de quem se apresenta com nome, e em especial, com nome e sobrenome. Esse é homem. Quem esconde o nome, apresentando-se com uma ilustração, é lobisomem.