Melhores

É época de escolher os melhores da temporada. Na escolha daquela que dizem ser a grande imprensa, não há nenhum dos nossos. Não obstante, o Atlético, depois que Paulo Autuori assumiu, atravessou o campeonato disputando uma vaga para a Libertadores. Deve ganhá-la com um quinto lugar, que não é pouca coisa dentro da política financeira que discrimina os times por tradição.

Pergunto: continuamos sem prestígio, sem grandes jogadores, ou os dois juntos? Os dois juntos por uma ordem: a ausência de grandes jogadores resulta em diminuir o prestígio.

Os fatos concretos não nos permitem reclamar. No Coritiba, o melhor jogador foi Kléber, o Gladiador. E o clube foi tão carente, que Kléber não precisou fazer uma temporada regular. Ausente durante dois meses, bastaram três ou quatro jogos, que coincidiram na luta dos coxas contra o rebaixamento, para ser o jogador mais importante. Raphael Veiga foi brilhante até o momento em que o Palmeiras apareceu na sua vida.

O Atlético indica uma situação mais grave. Deve terminar em quinto lugar com Thiago Heleno, seu zagueiro, como o melhor jogador do time. E Thiago não é novidade no futebol brasileiro. Bem rodado, chegou como aposta e, acabou para o Furacão, sendo mais importante que o goleiro Weverton. Depois de Heleno, foi Pablo. Só não foi o melhor porque usou-se muito mais a sua inteligência por questão tática, do que o seu brilhantismo individual.

Se somos obrigados a exaltar Kléber e Thiago Heleno como nossos melhores, não podemos reclamar que os outros nos olham de má vontade.

Decisão

Por saber que as coisas no futebol são volúveis, a diretoria da Chapecoense está em ser reservada ao receber promessa de apoio dos outros clubes. Adota um princípio básico, que é o de não criar uma dependência de terceiros. Levir Culpi seria o treinador certo para o reinicio. Não porque ofereceu o seu trabalho de forma gratuita, mas porque sendo independente, experiente e sério, vai tratar as coisas da Chape como se fossem suas.