Jogando com o inimigo

Ontem, escrevi que o presidente Bacellar ao fazer críticas públicas ao treinador Marcelo Oliveira e aos jogadores, remeteu o Coritiba para um estado de máxima tensão. Mas o goleiro Wilson, que tem mais autoridade do que qualquer dirigente perante a torcida, tentou corrigir a falta de consciência das críticas do presidente.

Em nome dos jogadores, defendeu Marcelo Oliveira e assumiu a culpa pela fase. E foi além: os jogadores assumiram toda a culpa, até a parcela maior que pertence aos dirigentes e a Alex Brasil, que mandou e desmandou no futebol. A posição dos jogadores não extirpou o mal, mas pode ter acalmado um pouco os ânimos. Quando a defesa é mais inteligente, prevalece. O Coritiba joga hoje contra o Cruzeiro, no Couto Pereira. Só a diretoria tem a perder no jogo de hoje.

Fato presumido

Deixo bem claro: não irei afirmar um fato, irei presumir um fato. Mário Celso Petraglia, o presidente que sumiu, já deve ter conversado com Paulo Autuori sobre a sua apreensão pela decadência técnica e individual do time. Como é da sua personalidade não ter limites, não ficará confortável com mais uma derrota do Atlético, que é possível, amanhã em Salvador contra o Vitória.

Autuori com certeza já deve ter alertado o treinador Fabiano Soares. Pergunto: mas não foi o doutor que afirmou que o esquema tático é elaborado pelos vários departamentos do clube? Conhecendo bem Petraglia, lhes digo: tem uma capacidade incrível de esquecer coisas que fala, que no futebol, às vezes, é uma virtude.

Derrota

O Paraná perdeu para o Ceará (1×0), em Fortaleza, e caiu para o quarto lugar. O raciocínio que se deve desenvolver não pode se afastar do otimismo. Explico: o Paraná já passou por tudo nessa Série B. Esteve ameaçado de rebaixamento, depois de afastar-se da ZR ficou um bom tempo na zona intermediária, e agora, mantém-se entre os quatro. Esse raciocínio se tornará lógico, se não perder em Belo Horizonte para o América.