A fórmula de Petraglia

No Maracanã, Fluminense 2×0 Atlético.

Some a comprovada incapacidade de Mario Celso Petraglia para tratar de futebol, a falta de qualidade e os vícios que conduzem o time ser dependente dos chutes de Thiago Carleto e o comportamento presunçoso do treinador Fernando Diniz. Pronto: está descoberta a fórmula perfeita da irresponsabilidade no futebol.

A derrota no Maracanã não foi nada diferente das quatro anteriores. Foi mais uma derrota da irracionalidade do futebol do Furacão.

Não se enganem os atleticanos. Fernando Diniz, os medíocres Camacho, Ribamar e Zé Ivaldo, o desanimado Thiago Heleno, o cansado Lucho González, o preguiçoso Guilherme e os sem esperanças, como Veiga e Rossetto, nada mais são do que consequência. Tudo começa e termina com a cultura do futebol que Petraglia implantou depois de 2002, quando isolou-se com um poder de exceção.

Para analisar essa derrota desse Furacão basta recortar e colocar os fatos da derrota anterior. Mudam-se apenas o nome do adversário e o endereço: o resto é igual. Na aparência, a culpa é de Fernando Diniz, cujo esquema irresponsável torna vulnerável, ainda mais, um time limitado.

O problema do Furacão só atende por um nome que gosta de ser identificado por iniciais: MCP.

No limite

Na Vila, Paraná 0 x 0 Grêmio.

Na lanterna, o time de Micale precisava ganhar.

Mas jogando com a consciência das suas limitações, não quis aumentar o risco de nova derrota. Bem por isso, fez da obrigação de ganhar uma alternativa improvável. Com duas linhas de cinco jogadores, atraiu a linha da bola quase próxima da sua área.

E, então, por ser da natureza da proposta de jogo que ofereceu, passou 97 minutos fechando os espaços do meio e dos lados, deixando o Grêmio trocar passes, sem nada profundo. Um ou outro lance dos gaúchos de bola área, que o goleiro Thiago Rodrigues salvou, e pronto: sem maiores traumas, o Paraná alcançou o seu objetivo imediato, que era o de não perder.

É verdade que uma vitória sobre o campeão da América repercutiria nos seus números e no seu espirito. Mas, é verdade, também, que uma nova derrota, mesmo sendo para o Grêmio, provocaria o caos.

Sem futuro

Já se passaram seis rodadas, e o Coritiba não consegue alcançar o G4. Eu sei que é muito pouco para tantas rodadas que ainda terá que jogar. Ocorre que o time coxa é de provocar depressão. À exceção do goleiro Wilson, que salvou de perder para o lanterna Boa Esporte (1×1), nenhum outro jogador atuaria no menos razoável time que o Coritiba teve nos últimos anos.

Ao demorar para reforçar, a diretoria está criando um problema gravíssimo. Com o tempo, a solução vai ficando mais cara. Isso se tiver solução.