Fatos

1º – Se o jogo contra o Santos pela Libertadores não for no Couto Pereira, o Atlético quer jogar no Estádio da Vila Capanema, do Paraná. Procura-se um laudo que prove que ali é possível acomodar 20 mil pessoas. Pode ser difícil ter um laudo, mas tem a história: em 1968, pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, Atlético 3×2 Santos, carregaram 24.303 torcedores para a Vila Capanema, no maior público da sua história. A Vila não encolheu.
Ao contrário, o espaço de arquibancada atrás do meta da “Estrada de Ferro”, é maior do que era o da “Concha Acústica”. Na verdade, são as regras de segurança que diminuem a capacidade da Vila Capanema. Só em pé, na frente das arquibancadas, em especial das sociais, 6 mil pessoas dividiam os espaços. Foi uma loucura. Foi o jogo, em que Madureira, emprestado pelo Ferroviário ao Furacão, fez o gol mais belo da história do futebol paranaense: driblou a maior zaga do mundo, de Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Joel Camargo e Rildo para vencer o goleiro Cláudio. Depois, o Atlético bateria o recorde de público do Couto Pereira e da Vila Olímpica, do Boqueirão.
2º – Bastou o Coritiba perder mais uma partida no Brasileiro, para que alguns jogadores já ficassem na mira de torcedores. Léo, Márcio, Alecsandro, Henrique Almeida e até Galdezani, que um dia desses foi anunciado como “o novo Falcão”, já recebem severas críticas. Se não ganhar do Vasco, outros serão atingidos. Até que a torcida irá lembrar que o técnico é Pachequinho. O campeonato mal começou e o Coritiba já tem que dividir as águas. É esse jogo contra o Vasco. Quando a subida é sem sustentação, acontece o que é natural no futebol.
3º. Mário Celso Petraglia não vai dar bola para a torcida. E, assim, o Atlético continuará a locar a Baixada para eventos diversos do futebol, mesmo que coincida com jogos importantes. Já dei a minha opinião, não sou contra esse uso, desde que as coisas sejam transparentes. Há vantagem financeiras? Pelo último balanço, o clube arrecadou apenas 5 milhões de reais nos eventos que realizou até aqui. Um troco diante do que arrecada no futebol.
Mas se insiste com essa posição, Petraglia tem que buscar uma solução definitiva. O que não pode é passar o chapéu esperando a boa vontade do Coritiba, que nunca existirá. Por que o Atlético não ajuda a aumentar a capacidade e iluminar a Vila Olímpica, do Paraná, que já está passando por uma reforma?