Fato, farsa e outra coisa

1º – Não há solidariedade no futebol. Quando o mercado sente que um treinador está à beira da queda, os empresários não esperam e começam a oferecer o seu “pupilo”. Quando é um clube tradicional e popular, então, existem oferendas preciosas. É o que está ocorrendo no Coritiba. Ainda, em dúvida, se a mudança de Pachequinho é a solução (e não é), a diretoria se constrange com tantas ofertas. O sonho de consumo é Marcelo Oliveira mas esbarra na falta de vontade do treinador em vir, e no preço. Marcelo sabe que é a bola da vez dos grandes centros para substituir o primeiro demitido. O técnico preferido de Alex Brasil é Antonio Carlos Zago, que dirigiu o Inter. Mas Vagner Mancini anda soando bem aos ouvidos de Ernesto Pedroso.
2º – Uma notinha meio perdida no site oficial do Atlético, diz que o clube irá decidir hoje sobre o retorno ou não de Paulo Autuori ao comando do futebol. Se Paulo Autuori continuar, não será um retorno, pois nunca saiu. Se isso acontecer, será o personagem central de duas farsas: a primeira, a de que teria ido embora em solidariedade a Eduardo Baptista. Ficando, é lógico que não foi embora e não foi solidário. E a segunda, de retornar sem ter saído do CT do Caju. Autuori pode ter o direito de não escrever no seu histórico o título paranaense pelo Atlético de 2016. Mas não terá direito de negar que participou de uma grande farsa.
3º – O Atlético está trazendo o volante Esteban Pavéz do Chile. Pelos jornais de Santiago, serão 3 milhões de reais por 40% dos direitos de transferência, e 45 mil dólares por mês, por um contrato de três anos. Detalhe: o jogador tem 27 anos de idade. Para explicar essa contratação, tem que ir além da simples necessidade tática do time. Está se preparando o campo para ser anunciada a saída de Otávio ou de Nikão na atual janela.
4º – Peço uma folga ao meu comando para descansar. Se não ocorrer nenhum fato extraordinário, a coluna e o blog voltam a ser atualizados no próximo dia 24.