Estatísticas incontestáveis

Um dia desses fui provocado para escrever sobre escolha do Atlético, por uma empresa da Inglaterra, como o clube de futebol de maior poder econômico da América do Sul.

Quero confessar, às vezes, que tenho desconfiança sobre os métodos adotados para esse tipo de escolha. A desconfiança não é no sentido de que a escolha é imotivada. essa indicação dos ingleses, a minha dúvida: por que o Atlético Paranaense, e não Flamengo, Corinthians, São Paulo, Santos, Boca, Independiente e Grêmio, populares e campeões do mundo?

O fundamento central da conclusão não foi o clube como produto de mercado, mas o seu patrimônio líquido. Afastei a desconfiança e a dúvida, quando fui ver o primeiro: Manchester City.

Como produto de mercado esportivo, em razão do seu histórico de título, o Manchester não está entre os dez da Inglaterra, ou entre os 20 da Europa. Mas supera os milionários Real Madrid, Barcelona e Manchester United em razão do seu patrimônio. Se esses milionários não contestaram a escolha, não se pode desconfiar da indicação do Furacão.

Outra estatística foi anunciada pela Federação de Futebol de História e Estatística – IFFHS, empresa reconhecida pela FIFA, e nela o Furacão está colocado como o 6º do Brasil e o 46º do mundo.

Já devem estar perguntando: o dono do Atlético, Mario Celso Petraglia, não teria exercido influência? Pode até ter colaborado, abrindo até a “caixa preta” que todos os clubes têm, para a apuração dos dados estatísticos. Mas afirmar que ele influenciou, seria oferecer-lhe um poder que não tem mais. Além do mais, empresa de estatística não pode transigir com a sua responsabilidade, pois as suas escolhas servem de referência para muitos negócios.

Não há mais dúvida de que o Atlético está sendo preparado para se tornar uma sociedade anônima. O próximo passo é a desoneração do seu patrimônio.