Esperando consolo

A greve por um dia e a ameaça de não jogarem em Londrina, foi a justa causa que os jogadores do Rio Branco adotaram contra o não pagamento dos salários. Um time ameaçar não jogar por não pagar os jogadores, a hipótese de um jogo de “compadres” entre Paraná e Maringá, e que o artilheiro é o zagueiro Alex Fraga, que jogou no Furacão no início desse século, constituem a representação correta do Estadual, do qual só a Federação Paranaense de Futebol tem vantagens.

É um campeonato desonesto com Atlético, Coritiba, Paraná e Londrina, que pagam para jogar. No caso, em benefício da maioria e da Federação.

E, um campeonato que só é jogado em razão de que a Rede Paranaense de Televisão paga um valor para a sobrevivência, mostra a fragilidade institucional da maioria. É possível afirmar que, se a RPC não pagasse essa conta, iria colaborar muito mais. É certo que não teríamos o campeonato, provocando uma reação positiva, ou se fosse jogado seria com poucos clubes.

Mas como para tudo sempre há um consolo, encontra-se um para esse Estadual: hoje é a última rodada da Taça Caio Júnior, acenando com partidas de caráter exclusivo para se conhecer o adversário do Coritiba. Para não ficar a sensação de um vazio, só falta o União de Beltrão ser semifinalista.

Escolinha

Se não falta nada, o Atlético faz acontecer. Um tempo, andou trabalhando no CT do Caju, Sandro Orlandeli, que se apresentava como professor. Pois voltou com uma remuneração anual próxima de 600 mil reais para ser professor de avaliação de jogadores.

Quase todos os dias, os funcionários Cris, Sidcley e Márcio Lara, e sempre que possível o zagueiro Paulo André, por ser o futuro diretor de futebol, os presidentes Petraglia e Emed, comparecem a uma sala do CT para tomarem a lição. Depois das lições, Orlandeli começa a testar os “seus alunos” para medir o grau de aprendizado. Nas redes sociais há um vídeo do presidente Emed participando de uma aula prática para meninos atleticanos.

Dizem que é coisa séria. E, que seria maldade fazer comparações com a Escolinha do professor Raimundo. Depende de qual “Raimundo”. Se for o antigo, seria uma ofensa a Chico Anysio.