Desculpas e hipóteses

O Paraná voltou a jogar o Brasileirão da mesma forma que terminou há 10 anos: perdendo. Agora, para o São Paulo, no Morumbi: 1×0. Não há nenhuma surpresa nesse fato. E nem um motivo de apreensão precoce para a torcida tricolor. Concordo, que em um campeonato por pontos corridos, em que o peso de três pontos é igual em qualquer jogo, não há virtudes na derrota. Mas, há derrotas que permitem a exceção da desculpa.

Essa do Paraná não pode ser dissociada de algumas circunstâncias: os onze escalados por Rogério Micale nunca tinham jogado juntos; dos onze, alguns estreiaram, o jogo foi no Morumbi e contra o São Paulo. A derrota, portanto, deve sendo remetida para o plano da lógica.

E, o Paraná poderia até surpreender a lógica. Se no primeiro tempo, ao decidir marcar, não esquecesse de sair para o jogo como fez no segundo tempo. Quando desmanchou uma das linhas de quatro, foi igual no aspecto tático. Não foi além por faltar-lhe um bom jogador de ataque. No futebol, às vezes, pode existir desculpas. Mas não hipóteses. É um time que sem qualidade individual, vai depender da disciplina tática e da superação dos jogadores. Bem resumido, terá que sempre jogar no limite.

Pobreza

O Eduardo Baptista e o Coritiba devem se dar bem. Embora sem relações precedentes, indiretamente um precisa do outro: o treinador para recomeçar a carreira abalada com o rebaixamento da Ponte Preta, e o clube para fazer o que deveria ter feito há quatro meses atrás, que é começar o ano de 2018.

Não se pode afirmar que Baptista foi a escolha certa. Nem seria possível afirmar se havia essa certeza se fosse Carille, do Corinthians ou se fosse Fernando Diniz, do Atlético, os técnicos mais badalados no momento, do futebol brasileiro.

A solução para os problemas do Coritiba não será dada só pelo novo treinador. É muito pouco, diante do estágio de pobreza gerencial do futebol coxa. Se o presidente Namur carrega mesmo uma vontade de coxa para dar outro rumo ao clube, tem que fazer uma mudança geral no futebol. Não se pode mais correr riscos com Augusto Oliveira no seu comando, porque não conhecendo futebol, age por especulação, agradando o prostituído mercado; e, com Tcheco, que não inspira a confiança em um ambiente de vestiário.

Só trazer Eduardo Baptista é continuar estimulando esse estágio de pobreza.
Hoje, os coxas, jogam contra o Atlético goiano. A partir deste jogo não tem mais técnico para culpar.