Comentários

Não abro mão de meus valores. Ganhei-os de João e Adelaide, meus pais. Quando saí do berço, levei-os juntos. Foram eles que me deram o caminho de vida. Não me realizei em razão do ganho material, mas em razão desses valores. Foram esses que permitiram alcançar uma formação pessoal e acadêmica para viver uma vida pública. Sob qualquer ângulo que a minha vida possa ser exposta, não vai se encontrar uma única censura ética.

Os conflitos frequentes com pessoas, são exigências do exercício pleno do jornalismo. Entregar-se ao sistema, negociando a liberdade de opinião, de informação e de denúncia, é um crime que se faz não à pessoa do jornalista em si, mas ao jornalismo como ciência.

Sempre exerci a liberdade dentro dos limites da crítica. A maior prova está nos fatos: em 46 anos de jornalismo, de inúmeros processos que respondi, fui condenado apenas uma vez, por uma coluna considerada ofensiva a Joel Malucelli, então presidente do Coritiba, e mais recente, um direito de resposta de Mário Celso Petraglia.

Agora mesmo, foi julgado no Superior Tribunal de Justiça um recurso de Mário Celso Petraglia e Márcio Lara tendo como causa uma crítica sobre a FUNCAP, que a Corte negou provimento, considerando que não houve ofensa. O que eu quero dizer é que os valores que ganhei no berço preservo para controlar os meus atos, os meus princípios e a minha formação.

A minha razão de não aceitar alguns comentários de leitores é exatamente essa: a liberdade de opinião só deve ser exercida se for precedida de transparência para que a manifestação repercuta como crítica e não como ofensa. Escrever escondendo-se atrás de uma falsa identidade, sem nome e sobrenome, é coisa de anônimo, portanto, e covardes. E confesso que de covardes eu tenho medo. Mais grave do que serem covardes, é uma manifestação de má educação e falta de cidadania.

Não sou obrigado a aceitar ofensas pessoais e profissionais. Não sou obrigado a responder e dar satisfação de meus atos fora do jornalismo. Os supostos conflitos à qualquer título, submeto-os aos meus superiores da Tribuna.

Aceito críticas sobre a minha opinião na coluna e no blog. Não aceito ofensas e não aceito ofensas mútuas entre leitores, porque não sirvo para ser depositário de rancores e intolerância.