Bendita é a angústia de ser torcedor quando um time alcança o estágio que o Atlético Paranaense alcançou: joga contra o Flamengo uma partida, em que a vitória pretendida (e quase obrigatória) estará dentro da lógica, afastando o improvável como explicação para uma conquista.
Antigamente, uma vitória sobre o Flamengo era um fato tão excepcional, que se eternizava. Hoje uma vitória, em qualquer circunstâncias, é colhida e impressa na história como um fato de rotina na sua vida.
O Furacão cresceu tanto na vida, que é possível afirmar que nesse jogo da Baixada, pela Libertadores, é sua a obrigação de ganhar. Não é pouca coisa, mas é o que lhe cabe por ter crescido.
O jogo do Maracanã (Fla 2×1) não pode servir de referência para sustentar teoria para esse jogo da Baixada. Lá, o Atlético simplesmente não jogou no primeiro tempo, e por ficar espalhado, escancarou a defesa tomando os gols. No segundo, quando jogou, foi superior só não alcançando o empate pela grave problema que causa a ausência de Pablo. E hoje Pablo não joga, outra vez. A influência da ausência de Pablo no ataque do Furacão não é teoria, é fato. Como não é teoria, se o Flamengo recuperar Everton para o jogo. Com Guerrero, cria situações mortais.
Contradição
É preciso que a comissão técnica do Atlético, em especial o treinador Paulo Autuori explique a contradição que se escancara todos os dias no planejamento do clube. O time principal jogou apenas 10 partidas, desde janeiro (fato inusitado no futebol brasileiro), sob o pretexto de não colocar em risco a condição física dos jogadores.
Bem por isso surpreende o fato de que está se tornando sistemático as dúvidas por lesão. Apenas para ilustrar, hoje não joga Jonathan, improvisando-se Zé Ivaldo na lateral-direita. Desde que jogue, Thiago Heleno, o principal zagueiro poderá ser obrigado a disfarçar um desconforto muscular. Se voltar, Otavio terá que superar a inatividade que a lesão muscular lhe causou. Rossetto e Eduardo da Silva andaram em desconforto.
Não é o caso de discutir o plano, mas de saber se está bem aplicado.
Mas uma vitória consegue tudo. Até disfarçar ou acabar com contradições.
De primeira
A exclusão como associado do Atlético do ex-presidente Marcos Malucelli não deve abordada em um limite de linhas. Não se encerra pelo exercício da vingança de Petraglia. Peço prazo para escrever sobre o
assunto, mesmo porque a decisão será anulada, porque Marcos não foi intimado formalmente para o julgamento.