Amenidades

1ª) No futebol, há derrotas e há derrotas.

A do Paraná Clube para o Juventude, em Caxias, é daquelas derrotas que provocam mágoa e tem uma influência de causar depressão na arquibancada.

Se tinha jogo que o Paraná não poderia perder, era esse de Caxias. A sua torcida estava eufórica, e houve até quem sonhasse com os velhos tempos retornando à Vila. Se não fosse o bastante manter a ilusão popular, tinha a recuperação dos pontos perdidos para o Paysandu.

Agora, o Paraná joga a volta pela Copa do Brasil, contra o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte. Uma derrota, que está na conta da lógica, pode criar a desilusão com consequências diretas na disputa da Série B.

E terá que recomeçar.

O grande drama da torcida tricolor é esse: por ano, há sempre há uns três recomeços.

Há destaque no fato da CBF negociar de forma avulsa a transmissão dos amistosos do Brasil na Austrália. A relevância está na ausência da Globo na transmissão. Há uma certa euforia dos clubes, que resistem à Globo (Atlético e Coritiba entre eles), como se tivesse prevalecendo essa intenção. Entendo que essa supremacia não será atingida com reações casuais.

A médio prazo, o grupo dos dissidentes só fará prevalecer as suas razões, que não são poucas, quando ocorrerem dois fatos: o grupo americano que está o bancando ter um canal de tevê aberta, e os seus integrantes competirem por título de forma contínua. Nesse momento, só o Palmeiras tem essa capacidade.

A volta do atacante Ederson ao Atlético foi muito mais pelos gols que fez em 2013, do que pode fazer. Foi mal no Japão, e no Vasco pouco jogou. Perguntei-me qual a razão de Ederson ter sido o artilheiro do Brasil em 2013 pelo Furacão. Achei a resposta: com Wagner Mancini, o time jogou no contra-ataque e em velocidade máxima. E dos 23 gols de Ederson, 70% foram de lançamentos de Paulo Baier ou de cruzamentos de Léo. Agora, quem irá lançar Ederson?