Velha versão

Na Baixada, Atlético Paranaense 0x2 Grêmio Portoalegrense.

Desta vez, não teve o ambiente emocional de Santiago, quando bastava o acaso para ganhar o que estava perdido. Desta vez, foi na Baixada, foi pelo Brasileiro, e foi contra o Grêmio. Então o Atlético, obrigado a ser um time normal, voltou a sua velha versão: esparramando Otávio, Rossetto, Carlos Alberto e Nikão pelos lados do campo sem nenhum sentido de jogo, abriu espaços, escancarou a defesa e isolou o ataque. Não foi nada diferente dos últimos fracassos na Baixada.

Bem assim, desorganizado, o time de Autuori tornou-se acessível ao rigoroso equilíbrio do Grêmio, que à certa foi tão superior que parecia ser o time da casa.

Vejam outra vez os gols de Luan e Barrios. Foram de jogadas que naturalmente se tornaram previsíveis pela inércia do esquema rubro-negro. Recorrendo a uma antiga literatura de arquibancada, considerando que individualmente são times iguais, é possível afirmar que Renato Gaúcho deu um banho tático em Autuori.

E mesmo nos quinze minutos finais, jogando contra dez, depois da expulsão do goleiro Marcelo Grohe, o Atlético continuou transigente com com a desordem tática. Foi além, acrescentando a ela o superado expediente do “chuveirinho”. A esperança de uma reação resumiu-se num único chute de Nikão.

O mais grave é que o Atlético não jogou nem mais e nem menos do que anda jogando. É esse que perdeu para o Grêmio, e que não foi diferente dos outros jogos na Baixada.

Milagres

Pimenta nos olhos dos outros é refresco, é o provérbio que aprendemos desde criança. O Coritiba goleou o Atlético Goianinese porque o goleiro Klever sofreu três “frangos”. Agora, deixou de ganhar o jogo em Santos, porque Vanderlei operou cinco milagres.

Da mesma forma como escrevi na goleada aqui, escrevo na derrota lá: erros e virtudes é que constroem o resultado de um jogo.

Só que desta vez é preciso destacar. Diferente da goleada no Couto, em Santos o Coritiba jogou muito bem. Não só criou as chances que permitiram Vanderlei fazer o maior jogo da sua vida. Organizado, com um meio transformando-se em atacantes, foi superior ao Santos. É verdade que o time da Vila jogou com uma base reserva. Mas mesmo fazendo esse desconto, o Coritiba foi superior.

Quando se perde um penalti, depois de todas essas circunstâncias, como Alecsandro perdeu, não se pode reclamar.

Direito de Resposta*

A coluna de Augusto Mafuz afronta qualquer compromisso com a verdade. Buscando desmerecer o válido e íntegro processo eleitoral do Clube Atlético Paranaense, o primeiro a se valer de urnas eletrônicas para garantir a higidez do procedimento, o jornalista difama, sem qualquer embasamento, ao informar que a chapa CAPGIGANTE se utilizou de receitas do Clube para vencer as eleições e tomar posse para o próximo quadriênio da gestão. Todos os apoiadores, de forma livre e serena, auxiliaram na arrecadação da campanha eleitoral com doações, realização de eventos e venda de materiais da chapa. A caluniosa analogia do relacionamento entre o PT e a Petrobrás para afirmar que nos utilizamos da instituição para vencer as eleições é irresponsável. Mesmo com doações e uma campanha menos aquinhoada que a da oposição, foi possível desmentir os factoides lançados pelas pessoas contrárias à evolução do Clube Atlético Paranaense. A verdade prevaleceu perante os torcedores, sem qualquer manipulação, sem qualquer ardil, ao contrário do presente espaço, que desvirtua informações para, de forma irresponsável, ofender pessoas.

(*) direito de resposta referente a coluna publicada no dia 14/02/2015.