Vacina contra sarampo, coqueluche e rubéola causa reações

Febre e exantema (manchas avermelhadas pelo corpo) são reações comuns nas crianças após o recebimento da vacina tríplice viral (VTV) – contra o sarampo, a coqueluche e a rubéola. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou ontem que os sintomas ocorrem com certa freqüência e não devem gerar preocupação na população paranaense. A explicação foi dada em virtude de uma série de casos que aconteceram na cidade de Londrina e em outras regiões do Estado, durante a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação.

Seguindo um conselho da 17.ª Regional de Saúde, a vacinação foi suspensa na cidade da região Norte. Os postos de saúde cancelaram a vacinação contra sarampo por três horas na segunda-feira pela manhã. Algumas crianças apresentaram as reações alérgicas após receberem a vacina tríplice viral (VTV).

Segundo a gerente de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Londrina, Sônia Fernandes, após o período de paralisação, a Sesa liberou a volta aos trabalhos. Depois de entrar em contato com o Ministério da Saúde (MS), a Sesa disponibilizou novos lotes de vacinas para que a campanha prosseguisse. Segundo a Sesa, em outros estados também foram constatadas reações à tríplice viral. “É normal as crianças apresentarem os sintomas e, inclusive, ocorreu em outras cidades do Paraná. Sabíamos que a Sesa estaria tomando as devidas providências, e agora tudo está normal”, disse.

De acordo com Sônia, a cidade de Londrina se antecipou à campanha e iniciou o processo de vacinação no dia 2. A meta de vacinação ainda está nos 50%, mas ela acredita que até o final da campanha todas as crianças da cidade estarão imunizadas.

Margem

Sônia explicou que existe uma percentagem de reações que é esperada para uma quantidade de doses aplicadas. Se 300 vacinas são aplicadas durante um mês, o número de reações pode chegar a 5%. Como são trinta dias, os casos serão esporádicos e em dias diferentes.

No caso da campanha, somente no último sábado, foram disponibilizadas 10 mil vacinas. O número de reações que ocorreu, segundo Sônia, foi normal devido ao pequeno período e a grande quantidade de vacinas aplicadas. “A probabilidade de reação vacinal é grande e a explicação pode ser encontrada em qualquer literatura sobre vacinação. A quantidade de doses aplicadas em um único dia iria ocasionar um grande número de reações. Isso é que chamou a atenção”, contou.

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