Nos hospitais, os médicos fazem as visitas, passam orientações e zelam pela saúde dos pacientes, mas depois que vão embora, o enfermo fica sob os cuidados do grupo de enfermagem.
Dá para perceber a importância desses profissionais no dia-a-dia do hospital. “É a enfermeira que se relaciona com o paciente, conhece suas individualidades e as de seus familiares”, ressalta a chefe de enfermagem, Ivana Siqueira, citando responsabilidades que lhes cabem, dentre as principais, seguir a orientação dos médicos quanto à prescrição de medicamentos, horários, tratamento, doses dos remédios e exames.
“Como é sua função intermediar os serviços, a enfermeira entra em contato com os outros setores do hospital para agendar exames e requisitar serviços de outros profissionais sempre tentando respeitar a individualidade do paciente”, enfatiza Ivana.
Embora imprescindíveis nos cuidados com a saúde e recuperação de enfermos, esses profissionais são pouco reconhecidos pela sociedade, que só se lembra deles quando estão em algum leito de hospital ou quando tem alguma pessoa da família sob seus cuidados.
Tomada de decisões
Para Maria Helena Silveira Santos, a “arte de cuidar do próximo” entrou na sua vida há mais de 20 anos. Ela é uma das profissionais que comemora, nesta terça-feira, 12 de maio, o Dia do Enfermeiro.
Desde muito jovem já era apaixonada pela profissão. Como morava perto do hospital, todos os dias acompanhava o trabalho das enfermeiras. De visita em visita, de pergunta em pergunta, se matriculou no curso de atendente de enfermagem e, pela sua dedicação, ganhou um emprego mesmo antes de se formar. “Saber tomar decisões e, principalmente, ter vontade de ajudar o próximo são características essenciais para exercer a profissão”, assegura.
De fato, hoje, a profissão é muito mais exigida e, por conseguinte, mais complexas são as áreas educacionais que têm por objetivo preparar esses profissionais que atuam na linha de frente dos hospitais.
Ivana Siqueira explica que, na verdade, o conceito de humanização, individualização e hospitalidade no atendimento não basta para o exercício da profissão. “É preciso agregar muito conhecimento, um requisito que vem marcando o diferencial nos hospitais”, complementa.
Atendimento à população
A Semana de Enfermagem foi criada para homenagear duas profissionais de enfermagem, Florence Natigale e Ana Néri. Florence Natigale nasceu em 18 de maio e é considerada a patrona da enfermagem moderna. Foi ela quem transformou a enfermagem em profissão.
Já Ana Néri foi uma das maiores enfermeiras brasileiras. Foi ela quem profissionalizou a enfermagem no Brasil e também se ofereceu como voluntária durante a Guerra do Paraguai – onde lutaram seu marido e filhos – trabalhando como enfermeira.
Este ano, o Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren-PR), além de realizar atividades para a categoria, irá oferecer serviços de saúde à população. É a primeira vez que a semana de enfermagem do Paraná também estará voltada para a sociedade.
O Conselho montará barracas de divulgação na Praça Rui Barbosa, oferecendo diversos serviços à comunidade. No local, estudantes de enfermagem e profissionais da área estarão auxiliando e instruindo a população a cerca de questões relacionadas à saúde, como combate à aids, controle da pressão arterial e diabetes, entre outras.
A programação segue nos dias seguintes com abordagem de vários temas ligados à área da Enfermagem. Todas com a participação de profissionais especializados. “São eles que conhecem a nossa realidade de trabalho”, diz o presidente do Coren-PR, Montgomery Pastorelo Benites.