Doença arterial atinge mais idosos

Quase 5% da população com mais de 55 anos é acometida pela doença arterial obstrutiva periférica (daop), enfermidade que diminui a circulação do sangue para os membros inferiores (pernas), provocando dor na panturrilha e, em situações mais graves, até amputação. A doença ocorre principalmente entre os homens – proporção de quatro casos entre homens para um entre mulheres – e tem como fator principal a arterosclerose, que é o depósito de placas de gordura nas artérias.

O assunto foi tema da palestra realizada ontem à noite na Associação Médica do Estado do Paraná, em Curitiba. De acordo com o cirurgião vascular e angiologista Bonno Van Bellen, que veio de São Paulo para ministrar a palestra, a daop é uma doença da espécie humana. “Todos nós estamos sujeitos a desenvolvê-la, mas existem os fatores de risco como pressão alta, diabetes, obesidade, fumo, taxa alta de colesterol e triglicerídeos, além do sedentarismo e da hereditariedade, que aumentam as chances de a doença vir a surgir”, explica

Segundo o médico, o principal sintoma é a dor acentuada durante caminhadas. “Primeiro, é preciso saber se a dor é decorrente da falta de circulação. Depois, é de causa vascular, já que existem pelo menos outros dez tipos de causas, como artrose e problemas na coluna”, afirma.

Uma vez diagnosticada a doença arterial obstrutiva periférica, inicia-se o tratamento: primeiro, com o controle dos fatores de risco e segundo, clínico, com a administração de medicamentos. “Uma das novidades é o cilostasol, que está há pouco tempo no Brasil e que tem proporcionado melhor qualidade de vida ao paciente”, conta o médico.

De acordo com o angiologista, a doença não tem cura, mas os tratamentos estão bem avançados. “No máximo 2% a 5% dos casos acabam evoluindo para a amputação dos membros”, afirma, acrescentando que, antes disso, é possível realizar uma ponte na perna – uma espécie de ponte de safena realizada no coração. “Só em último caso é feita a amputação.

Voltar ao topo